«Glivec» é a nova droga que evita a multiplicação fatal das células brancas do sangue, que ocorre na leucemia. Uma pílula anti-cancro, que vai ser lançada no mercado em 2001.
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Uma pílula anti-cancro, que vai ser lançada no mercado em 2001, oferece novas esperanças às vitimas de leucemia, segundo cientistas britânicos e norte-americanos.
A nova droga, «Glivec», evita a multiplicação fatal das células brancas do sangue que ocorre na leucemia.
Resultados dum estudo internacional efectuado em mil doentes que sofrem de Leucemia Miolítica Crónica (LMC), que foram tratados com aquela droga administrada em cápsulas, serão anunciados numa conferência de hematologia que se vai realizar, segunda-feira, em São Francisco, EUA.
No entanto, os cientistas adiantam que os testes demonstraram que a pílula salvou a vida a cerca de 40 por cento dos pacientes que sofrem daquela forma de cancro. Os testes foram levados a cabo em grupos de doentes que sofriam em várias fases desta doença.
Entre os que estavam na segunda fase, que é normalmente a mais difícil de tratar, 20 por cento ficaram completamente, ou quase completamente, curados, e mais 60 por cento mostraram melhoramento depois de quatro semanas de tratamento.
Entre o grupo de doentes que se encontravam na primeira fase da doença, 40 por cento ficaram completamente ou quase completamente livres dela, e os médicos constataram que 60 por cento mostraram certo melhoramento depois de entre três e seis meses de tratamento.
«Glivec», a cápsula milagrosa
«Glivec», cujo código é «ST1571», foi desenvolvida por Nick Lydon, um cientista britânico que trabalha na companhia farmacêutica suíça, Novartis, e pelo professor de hematologia e oncologia na Universidade de Ciências da Saúde de Oregon, nos Estados Unidos.
Druker descobriu que «Glivec» era particularmente eficaz na luta contra a LMC, uma forma rara da leucemia.
Até à data, a única esperança para os doentes que sofrem de LMC são as drogas associadas à quimioterapia em doses elevadas, ou um transplante de medula dos ossos.
Mas «Glivec», impedindo a multiplicação fatal das células brancas do sangue que ocorrem na leucemia, apresenta uma nova forma mais eficaz de tratamento, pois a quimioterapia destrói todas as células de sangue, podendo ser um método frequentemente fatal.
Os cientistas têm esperanças de que novas drogas «inteligentes», tais como «Glivec», indiquem o caminho para o tratamento de outras formas de cancro.
Na Grã-Bretanha, a LMC afecta 4 mil pessoas por ano, causando a morte à sua maioria no espaço de cinco anos. Cerca de 10 mil pessoas contraíem leucemia ou cancros relacionados com ela, que os investigadores esperam poder vir também a beneficiar do tratamentos com «Glivec».