Uma operação da GNR resultou na detenção de 23 cidadãos nacionais, entre os quais um polícia, por alegado contrabando. Os indivíduos já estiveram presentes em tribunal. Seis ficaram em prisão preventiva.
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A GNR anunciou esta quarta-feira a apreensão de centenas de milhares de litros de bebidas alcoólicas e a detenção de 23 pessoas, entre as quais um polícia, por alegado contrabando.
A operação, denominada «Ouro Branco», foi uma das maiores do género efectuadas em Portugal e poderá levar à detenção de mais pessoas e a novas apreensões, disse o tenente-coronel Filipe Tomás, adjunto operacional a Brigada Fiscal da GNR, numa conferência de Imprensa, em Coimbra.
As investigações, ainda em curso, foram iniciadas há três anos mas a operação «Ouro Branco», que levou já à detenção de 23 portugueses, foi desencadeada domingo.
No terreno estiveram 180 militares da GNR, tendo sido realizadas 76 buscas domiciliárias, a estabelecimentos comerciais e armazéns em vários pontos do país, nomeadamente nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Santarém, Aveiro e Leiria.
«Em resultado desta operação 'Ouro Branco' foram apreendidos 6760 litros de álcool, 14415 litros de aguardente, 1130 litros de gin, 200 litros de ginja, 22047 garrafas de bebidas espirituosas, apreendidas 11 viaturas, computadores e vários telemóveis», afirmou o tenente coronel Filipe Tomás.
Estima-se que o Estado tenha sido lesado em várias dezenas de milhões de euros, tendo-se apurado que, apenas no decorrer da fase inicial do processo, tenham ficado por pagar pelo menos cerca de 60 milhões de euros (50 milhões de euros acrescidos de 17 por cento de IVA) de imposto especial de consumo.
Os 23 suspeitos detidos foram ouvidos nos últimos dias no Tribunal Central de Investigação Criminal, em Lisboa, tendo seis ficado em prisão preventiva e os restantes 17 com termo de identidade e residência.