A GNR deverá permanecer no Iraque caso se mantenham as condições de realização de eleições em Janeiro, anunciou o primeiro-ministro português. A questão já foi tratada com o Presidente da República.
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Portugal deverá manter a GNR em funções no Iraque caso se mantenham as condições de realização de eleições em Janeiro de 2005 e o envolvimento das Nações Unidas e dos países aliados no processo.
O anúncio foi feito esta sexta-feira, pelo primeiro-ministro português no final da cimeira de chefes de Estado e de Governo dos 25 países da União Europeia (UE).
Segundo Pedro Santana Lopes, a «posição de princípio» de Portugal sobre esta questão está tomada e já foi tratada «internamente» com o Presidente da República.
Uma decisão definitiva deverá ser anunciada nos próximos dias, disse Santana Lopes, faltando ultimar pormenores com o ministro da Administração Interna, Daniel Sanchez, e os responsáveis das forças de segurança.
O primeiro-ministro português faz ainda depender a decisão final de informações do terreno que espera receber do primeiro-ministro interino iraquiano, bem como de uma continuação do envolvimento das Nações Unidas no processo.
«O enquadramento internacional que procura assegurar a realização de eleições é um ponto obviamente importante na decisão», frisou.
Actualmente, Portugal tem no Iraque cerca de 110 efectivos da GNR, que terminam o mandato a 12 de Novembro, cuja possível saída, a acontecer, levaria cerca de um mês e meio, de acordo com o primeiro-ministro.
Para esta sexta-feira estava previsto um encontro bilateral entre Santana Lopes e Iyad Allaoui, que acabou por não se realizar porque a delegação iraquiana solicitou uma alteração da hora da reunião incompatível com a agenda do primeiro-ministro português.