O Governo apresentou, esta noite, os resultados definitivos sobre a greve da Função Pública. Cerca de 22 por cento dos funcionários públicos aderiram à paralisação, um número que contrasta com os mais de 80 por cento de adesão avançados pelos sindicatos.
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O secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, explica as contas feitas pelo Governo e sublinha que a greve não perturbou a maioria dos serviços.
«A greve hoje convocada para a Função Pública não perturbou o normal funcionamento da generalidade dos serviços públicos. Os dados que foram carregados directamente pelos serviços públicos, sem qualquer intervenção por parte dos ministérios ou do Governo apontam para uma adesão de 21,8 por cento», disse.
Quanto aos motivos que levaram a esta greve, a actualização salarial de 2,1 por cento para os funcionários públicos no próximo ano, o secretário de Estado afirma que têm sido pedidos sacrificios, mas defende que as medidas tomadas vão inaugurar um novo ciclo.
«O Governo reconhece que têm sido pedidos sacrifícios aos funcionários públicos, mas estes sacrifícios estão relacionados com a situação económica e financeira que o país tem atravessado e que estamos a ultrapassar. As actualizações salariais que este ano fazemos de 2,1 por cento, o fim do congelamento das carreiras e dos suplementos remuneratórios é um sinal que estamos a entrar num novo ciclo», adiantou.