Teixeira dos Santos defendeu a necessidade de limitar os salários dos gestores de forma concertada nos países da zona euro, num processo mais «transparente» e tendo por base uma «avaliação de desempenho» dos responsáveis das empresas.
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O ministro das Finanças concordou, esta quarta-feira, com a necessidade de limitar os vencimentos das figuras de topo nas empresas de forma concertada nos vários países da zona euro.
Teixeira dos Santos, que se encontra em Bruxelas para uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia, defendeu «alguma moderação» na definição dos salários dos gestores.
«É importante que as politicas remuneratórias a esse nível sejam devidamente justificadas e tenham por base uma avaliação de desempenho dos responsáveis das empresas», disse.
Para o titular da pasta das Finanças, é também necessário «um maior envolvimento dos accionistas na definição dessas politicas regulatórias e, acima de tudo, uma maior transparência nesse domínio».
Teixeira dos Santos adiantou que estão a ser tomadas medidas quanto aos salários dos gestores em Portugal, «designadamente no sector público, que é aquele que mais depende das decisões do Governo».
«Houve um grande esforço de moralização nessa matéria com várias iniciativas legislativas», como por exemplo «o novo estatuto do gestor público, e uma disciplina muito forte no que se refere a alguns benefícios que eram prática corrente», adiantou.
No discurso de final do ano de 2007, o Presidente da República, Cavaco Silva, alertou e condenou a discrepância de salários dos gestores e restantes trabalhadores de certas empresas.