O Estado pagou dois milhões de euros para que Tiago Monteiro permanecesse na Fórmula 1 nos campeonatos do Mundo de 2005 e 2006, segundo a imprensa deste sábado. O Governo fez saber que herdou a situação do executivo social-democrata.
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O Estado Português pagou dois milhões de euros para que Tiago Monteiro permanecesse na Fórmula 1 nos campeonatos do Mundo de 2005 e 2006, noticiam as edições deste sábado dos jornais Público e Sol.
A falta de alguns patrocínios para suportar a participação do piloto português terá sido a justificação para o Estado disponibilizar de forma directa o montante em falta, que saiu dos cofres do Instituto de Desporto de Portugal (IDP).
O dinheiro chegou ao piloto sob a forma de subsídio e ao abrigo de um contrato-programa do ODP estabelecido com o representante legal de Tiago Monteiro e serviu para fazer face aos compromissos assumidos com a Jordan, a equipa de Fórmula 1 do atleta.
O secretário de Estado da Juventude e do Deporto disse ao semanário Sol que o anterior executivo social-democrata justificou o apoio incondicional ao piloto por representar uma «oportunidade única para potenciar a imagem de Portugal no mundo».
Já ao jornal Público, Laurentino Dias frisou que, se o actual governo não honrasse os compromissos anteriormente assumidos, haveria «consequências jurídicas gravíssimas quer para o piloto, para a equipa, para os próprios patrocinadores» e também para a «imagem do Estado português».
Perante este episódio, o pai e representante do piloto revelou que todos os documentos de garantia foram assinados livremente pelos actuais responsáveis no Governo.
Edmar Monteiro assegurou que, logo após a tomada de posse do actual executivo, em Março de 2005, o próprio ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, assumiu a gestão de todo o processo.
Esta versão foi desmentida ao Público por Laurentino Dias, frisando que não cumpre ao Governo fazer gestão negocial, mas sim a Tiago Monteiro.