O governo espanhol ordenou a deslocação de efectivos do exército espanhol para apoiar a Guarda Civil nas fronteiras dos enclaves de Ceuta e Melilla com Marrocos. A medida surge depois de cinco pessoas terem morrido durante uma tentativa de infiltração em massa na cidade de Ceuta.
Corpo do artigo
O presidente do governo espanhol ordenou esta quinta-feira o destacamento de efectivos do exército para os enclaves de Ceuta e Melilla, para apoiar as forças da Guarda Civil presentes nas fronteiras dos enclaves.
A ordem de José Luis Rodriguez Zapatero foi confirmada aos jornalistas pelo Ministro da Defesa, José Bono, quando questionado sobre a situação que se vive nas duas cidades.
Cinco pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas na madrugada desta quinta-feira quando mais de 500 pessoas tentaram entrar à força na cidade de Ceuta, cidade espanhola autónoma em Marrocos.
Os enclaves de Ceuta e Melilla têm sido alvos de tentativas organizadas de entrada de imigrantes ilegais.
Até ao momento não há dados precisos sobre o número de militares que será destacado nas duas cidades.
O apoio militar tinha sido solicitado directamente a Madrid pelo representante do governo em Ceuta, Jerónimo Neto, que explicou ser essencial mais efectivo para patrulhas os 8,2 quilómetros da fronteira.
Nos incidentes desta madrugada, cinco pessoas morreram, três das quais esmagadas pela multidão que tentou entrar à força em Ceuta.
Três das vítimas mortais foram encontradas no lado marroquino da fronteira enquanto as outras duas foram encontradas no lado espanhol.
De acordo com as autoridades locais, entre 25 a 45 pessoas ficaram feridas na tentativa de assalto, na qual participaram entre 400 e 500 imigrantes ilegais.
Em conferência de imprensa, o delegado do Governo, Jerónimo Neto, disse que a situação em Ceuta é diferente da que se vive em Melilla, onde se encontram já cerca de 1.200 imigrantes ilegais em acampamentos temporários.