A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) acusou, esta terça-feira, o Governo de fomentar a conflitualidade social ao manter o congelamento das carreiras na Função Pública e ao aumentar os descontos para a ADSE. Já o STE acusou o Executivo de «falta de seriedade».
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«Discordamos que o Governo mantenha o congelamento das progressões nas carreiras e dos suplementos remuneratórios, além de sobrecarregar os funcionários públicos [no activo e aposentados] em matéria de descontos para a ADSE», disse o coordenador da FESAP.
Nobre dos Santos, que falava no final de uma reunião de negociação no Ministério das Finanças, defendeu que o Executivo «não quer fazer qualquer concessão no âmbito do projecto-lei sobre o congelamento das carreiras».
O dirigente sindical adiantou que o projecto legislativo que prevê descontos para a ADSE «imposto aos trabalhadores» se mantém no essencial.
No entanto, disse que o secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, «prometeu analisar alguns pontos da proposta apresentada pela FESAP nesta matéria».
O sindicalista referiu ainda que nesta reunião nada foi tratado sobre aumentos salariais da Função Pública, o que acontecerá na próxima reunião de sexta-feira.
Por seu lado, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) acusou o Governo de «falta de seriedade» nas negociações sobre as progressões nas carreiras dos funcionários públicos e descontos para a ADSE.
«Este não é um processo negocial sério, ético e previsto na lei», afirmou o presidente do STE».
Bettencourt Picanço disse também que a reunião não trouxe qualquer resultado visível quanto à questão dos salários e pensões.