O Bloco de Esquerda acusa a ministra da Educação de chantagear os professores contratados ao afirmar que não vai renovar contratos a quem não aceitar o novo sistema de avaliação. No final da mesa nacional do partido, Francisco Louçã disse que o Governo está a impôr vários tipos de violência sobre os portugueses.
Corpo do artigo
O Bloco de Esquerda esteve reunido este sábado à tarde e acusou a ministra da Educação de chantagear os professores contratados. Francisco Louçã diz que há neste momento vários tipos de violência a serem exercidos sobre os portugueses.
O líder do Bloco deu vários exemplos começando pela Educação. «Um aspecto fundamental de violência é a chantagem sobre os professores contratados, com a ministra a afirmar que não vai renovar contratos a quem não aceitar ser cobaia do novo sistema de avaliação», criticou o líder do BE.
Francisco Louçã diz que há também «violência ao nível dos despedimentos», e é por isso que o «Bloco de Esquerda vai na quinta-feira convocar o primeiro-ministro e o ministro do Emprego para uma interpelação sobre precariedade».
O líder do BE falou ainda «na violência dos negócios» e deu como exemplo a nomeação de Jorge coelho para a Mota Engil, anunciada este sábado.
«Há outra violência que é a violência dos negócios», disse Louçã, indicando a nomeação de Jorge Coelho e de outros dois ministros para «grandes negócios».
Além do caso de Jorge Coelho, Francisco Louçã referiu-se à situação do ex-deputado e ex-ministro socialista Pina Moura «que saiu do Parlamento quando já era o principal representante dos interesses da Iberdrola em Portugal, chegando depois à administração de um grande grupo de comunicação social».
Muito crítico em relação a estas nomeações, o BE insiste na necessidade de ser criado um período de dez anos de incompatibilidade entre funções públicas e privadas.