O porta-voz do PS admitiu que o Governo poderá vir a ser «mais expansionista» à medida que forem resolvidos determinados «constrangimentos» relativos às finanças públicas. Vitalino Canas entende ainda que já se começa a falar de «resultados das reformas feitas pelo Governo».
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O porta-voz do PS afirmou que o Governo poderá aplicar uma estratégia que definiu como mais «expansionista» no que toca ao Orçamento de Estado para 2009 à medida que forem resolvidos determinados «constrangimentos».
Mesmo assim, segundo Vitalino Canas, o Governo «não abrandará o seu ímpeto reformista, porque continua a haver problemas e necessidade de se produzirem melhores resultados».
«Aquilo que antevemos neste segundo ciclo de governação é a de continuar a intensidade reformista e continuar também a trabalhar para produzir bons resultados», explicou.
Este dirigente socialista notou, contudo, que o Orçamento de Estado para 2008, apesar de ser de «rigor, já indica o que poderá ser uma governação socialista quando não se estiver constrangida pelo défice orçamental e quando Portugal tiver as finanças saneadas».
«Na pequena abertura que o Orçamento para 2008 está a dar, indica já o que poderão ser os futuros orçamentos de um Governo do PS», acrescentou Vitalino Canas, no final de uma reunião da Comissão Política Nacional do partido.
Sobre a primeira metade da presente legislatura, o porta-voz socialista explicou que «já há resultados muito positivos para apresentar» e que já se começa a falar dos «resultados das reformas feitas pelo Governo».
«Vamos chegar ao final do ano a cumprir a exigência de três por cento de défice - e sem que o país esteja em recessão. Isto seria inimaginável por muitos anos ainda há uns anos atrás», lembrou.
Face à alta das previsões do INE, Vitalino Canas recordou ainda a «possibilidade de Portugal crescer em 2007 acima das previsões do Governo», algo que acontece graças a «reformas importantes na segurança social, na educação e na administração pública».