O governo português propôs a fusão da EDP com a espanhola Gás Natural, ideia que terá sido discutida entre o ministro Manuel Pinho e o vice-presidente do grupo espanhol segundo o jornal «El Mundo». O presidente da EDP já negou que esta proposta tenha sido feita.
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O governo português propôs uma fusão entre o Grupo EDP e a espanhola Gás Natural, com o objectivo de criar uma grande companhia eléctrica de electricidade e gás, noticia esta segunda-feira o jornal «El Mundo».
Com esta fusão, ficaria criado um grupo com um valor em bolsa de 30 mil milhões de euros que poderia gerar importantes sinergias, permitindo ainda que a espanhola Hidrocantabrico, propriedade da EDP, se fundisse com a Gás Natural.
Segundo o «El Mundo», o ministro da Economia Manuel Pinho reuniu-se com o vice-presidente da Gás Natural, Antoni Brufau, mais do que uma vez nos últimos tempos, tendo o último encontro ocorrido num hotel de Madrid há seis dias.
Para autorizar esta operação, o governo espanhol pretenderá que a EDP, que ainda é controlada em cerca de 25 por cento pelo Estado português, através da Caixa Geral de Depósitos e da Parpública, seja totalmente privatizada.
O presidente da EDP, António Mexia, negou que estejam a haver contactos com o objectivo de alcançar esta fusão, remetendo, contudo, mais pormenores para um comunicado a emitir mais tarde.
Por seu turno, a Gas Natural, contactada pela AFP, recusa-se a fazer comentários à notícia avançada pelo «El Mundo».