O primeiro-ministro reivindicou, esta terça-feira, como obra do Governo que lidera a concretização de uma revolução na política de energia. Para José Sócrates Portugal está na linha da frente em termos estratégicos a nível europeu.
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O primeiro-ministro defendeu, durante a sessão de lançamento dos concursos para a construção de quatro novas barragens no norte do país (Pedroselos, Gouvães, Daivões e Alto Tâmega), a ideia de que, nos últimos três anos, «mudou tudo» ao nível da estratégia energética do país.
José Sócrates considerou esta terça-feira, no Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, que o país encontrou um rumo.
«Julgo que nos últimos três foi claro para todos os portugueses que o Governo português decidiu apostar nas energias renováveis, no vento e na água. É esse o caminho que vamos seguir. O pior era não ter estratégia, andar sempre a discutir e a rediscutir o que devemos fazer e onde devemos apostar», disse.
Na sua intervenção, José Sócrates considerou ainda «seguro» o investimento agora realizado ao abrigo do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hídrico (dez barragens no total), lançado no passado dia 7 de Dezembro.
«São investimentos seguros dos pontos de vista ambiental, energético e económico, porque serão sobretudo feitos com tecnologias e com engenheiros portugueses, o que terá um assinalável impacto no emprego», apontou.
«O facto de estarmos aqui hoje a lançar os primeiros concursos, pouco mais de três meses depois, demonstra o sentido de urgência deste Governo», defendeu ainda o primeiro-ministro.
Sobre este plano, soube-se também hoje que o Governo adjudicou provisoriamente à EDP a exploração da barragem que será construída na Foz do Tua. A empresa em causa ficará com a exploração por um prazo de 75 anos, pagando como contrapartida cerca de 53 milhões de euros.
A construção da barragem deve iniciar-se em Setembro de 2009, prevendo-se que esteja pronta quatro anos depois.