Em greve parcial há três meses e meio, os maquinistas da Fertagus convocaram uma paralisação total para terça e quarta-feira, contudo, a circulação ferroviária na Ponte 25 de Abril
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Os comboios da Ponte 25 de Abril circularam terça e quarta-feira, apesar da greve convocada pelos maquinistas da Fertagus, uma greve parcial que dura há três meses e meio.
A empresa não quer negociar com o Sindicato dos Maquinistas (SMAQ). Questionado sobre a reunião marcada para Janeiro no Ministério da Segurança Social e do Trabalho, o administrador da Fertagus, Cabaço Martin, respondeu que «a empresa tem nada tem a negociar com o sindicato».
O sindicato quer negociar um contrato colectivo de trabalho, contudo, a empresa entende que as relações de trabalho funcionam bem e que não existem razões para celebrar esse contrato porque a estrutura profissional é minoritária.
Durante os dias 24 e 25, dos 37 agentes de condução apenas metade aderiu à greve, segundo Cabaço Martins.
António Medeiros, presidente do SMAQ, diz que os maquinistas são 29, 21 dos quais estão em greve, pelo que o serviço está a ser assegurado por trabalhadores que estão a fazer turnos de 12 e 13 horas sem repouso.
O sindicalista alega que a Fertagus não está a agir legalmente porque «não cumpre as notificações da Inspecção Geral do Trabalho».
Está agendada uma outra paralisação para os dias 31 e 1 de Janeiro.