O ministro alemão das Finanças, Hans Eichel, acredita que uma guerra no Iraque vai trazer sérias consequências para o crescimento económico mundial. De fora fica ainda a possibilidade de ajuda financeira a uma eventual operação.
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O ministro das finanças alemão, Hans Eichel, acredita que uma guerra no Iraque, no actual momento da conjuntura global, representa um «enorme risco» para o crescimento económico mundial, já de si, demasiado hesitante.
Em entrevista ao jornal Bild Zeitung, Eichel avança que ninguém pode prever quais as consequências de uma guerra desse género na economia mundial, e na alemã, em particular no que respeita ao petróleo.
O responsável alemão lembra que o preço do petróleo está a negociar perto dos trinta dólares, impulsionado não só pela greve na Venezuela, mas também pela crença de que um conflito armado no Iraque está eminente.
Na entrevista, Hans Eichel fala, ainda, do envolvimento alemão em caso de guerra na região do Golfo. O responsável pelas Finanças alemãs esclarece, em linha com o que foi anunciado há meses pelo governo alemão, que a Alemanha não vai participar activamente num eventual conflito e muito menos coloca a hipótese de ajudar financeiramente as forças aliadas, como aconteceu na Guerra do Golfo, em 1991.
«Uma coisa é clara: nós não forneceremos ajuda financeira para uma guerra contra o Iraque. Em contrapartida, nós poderemos ter de suportar os custos suplementares, na sequência de um reforço da segurança na Alemanha. Mas, nesse caso, a situação estará coberta pelo orçamento», sublinhou aquele responsável.