O presidente do Conselho de Jurisdição do PSD não compreende porque a candidatura de Luís Filipe Menezes quer excluir os militantes açorianos do partido das directas. Guilherme Silva diz que estes «não têm culpa» da situação criada.
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O presidente do Conselho de Jurisdição do PSD não percebe como a candidatura de Luís Filipe Menezes pode defender a exclusão de militantes das directas no partido, marcadas para sexta-feira.
Numa referência aos militantes açorianos, que foram autorizados pelo conselho a pagar as suas quotas até antes das directas, Guilherme Silva lembrou que estes «não têm culpa» e «estão alheios ao procedimento que foi adoptado».
«Não foram alertados, não foram interpelados. Não há aqui alteração de nada. Há aqui uma leitura de aplicação dos regulamentos, uma alteração de uma circunstância imprevista, que foi esta de haver uma região que não foram, ao contrário do que o regulamento exigia, solicitados ao pagamento», explicou.
Antes, o porta-voz da candidatura de Marques Mendes tinha acusado a candidatura de Luís Filipe Menezes de recorrer a métodos com o objectivo de «desprestigiar a imagem do PSD junto dos portugueses».
«Arranja especulações, insinuações, faz ameaças. Tudo isto procura de algum modo rodear de escândalo um processo eleitoral que está a decorrer dentro das regras definidas há muito tempo e em órgãos próprios», lembrou Macário Correia.
O porta-voz de Marques Mendes entende que as acusações lançadas pelos apoiantes de Menezes não passam de uma «tentativa de gerar especulação, criar comportamentos que demonstram desespero e espírito de derrota».
Para Macário Correia, este tipo de acções não justificam os ataques que estão a ser feitos à imagem do partido, ataques que a candidatura de Marques Mendes entendem ser mais prejudiciais ao partidos do que os feitos pelos adversários do PSD.