Quem não estiver solidário que apresente alternativas, ditou António Guterres, a pensar na estratégia PS para os próximos dez anos, a preparar já no próximo congresso. O líder socialista acrescentou que ninguém vai ser excluído do debate de ideias.
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António Guterres empenhou a palavra «ninguém vai ser excluído do debate de ideias». Há no entanto uma ressalva: o secretário-geral do PS quer saber quem são os críticos para que possa estabelecer elenco e estratégia para o próximo congresso socialista.
O próximo congresso deverá ser de pluralidade e debate de ideias, ainda não se sabendo a data de realização. A comissão política que se reúne depois das presidenciais vai marcar o momento no calendário.
Entre a marcação e a realização os estatutos impõem um prazo de 60 dias, por isso a reunião magna do PS deve acontecer na segunda quinzena de Março. Entretanto, António Guterres começa a alinhavar as ideias da moção que pretende apresentar. Um projecto para o país que não quer afastar ninguém do debate, a começar pelo partido.
Na visão estratégica de Guterres para a próxima década, quem não estiver solidário tem como obrigação apresentar alternativas. Um desafio à clarificação interna, vincado já esta semana no secretariado nacional socialista, sem pensar em exclusões ou espírito de «caça às bruxas».