O programador russo Dimitry Sklyarov, que tinha sido detido a 16 de Julho por acusações de violação das leis de «copyright» norte-americanas, foi libertado segunda-feira por um tribunal californiano, sob uma caução de cerca de 12 mil contos.
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A detenção deste «ícone» da liberdade de expressão na internet tinha provocado uma verdadeira «tempestade» de protestos por parte daqueles que consideraram a prisão de Sklyarov como um atentado ao livre-pensamento.
Dimitry Sklyarov, de 26 anos, foi libertado hoje (segunda-feira), com uma caução de 50 mil dólares (cerca de 12 mil contos), sob a custódia de Sergei Osokine, depois de a empresa de Sklyarov, sediada em Moscovo, a ElcomSoft. Co., ter enviado o dinheiro para a fiança.
O programador russo apareceu em tribunal com um aspecto bastante «gasto», usando a característica indumentária dos prisioneiros norte-americanos - a «infame» farda cor-de-laranja.
Sklyarov foi detido a 16 de Julho, enquanto participava numa convenção de «hackers» em Las Vegas. O russo foi o primeiro acusado de violação do lei do «US Digital Millenium Copyright Act» (DMCA), que tenta banir a criação e distribuição de tecnologia que possa servir para contornar as leis de «copyright».
Esta lei foi violada por Sklyarov devido a um programa da sua autoria que permitia às pessoas comprarem livros digitais e, em seguida, usarem o «Inc's Book Reader» da Adobe Systems, para fazer e transferir cópias dos livros digitais. Embora este procedimento seja legal na Rússia, é ilegal nos EUA, depois da implantação do DMCA.