O presidente da Liga defende que os clubes com ordenados em atraso não devem poder ter acesso às competições oficiais. No programa Discurso Directo, Hermínio Loureiro falou ainda da situação interna do PSD para dizer que apoia Pedro Passos Coelho.
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O presidente da Liga de Clubes pretende que os clubes que têm ordenados em atraso, uma situação que Hermínio Loureiro classificou de vergonhosa, fiquem fora das competições oficiais.
Em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, no programa Discurso Directo, Hermínio Loureiro explicou que este tipo de situações só poderá acabar com a alteração de «regulamentos, mentalidades e procedimentos».
«Vou escrever pelo meu punho e vou apresentar essa mesma proposta no sentido de criar condições para que no final da época desportiva, a Liga possa ter conhecimento se há ou não há incumprimentos salariais», sublinhou.
Falando sobre o caso Apito Final, uma consequência do caso Apito Dourado, o presidente da Liga considerou que nem mesmo um recurso para o Conselho de Justiça da FPF poderá permitir ao Boavista manter-se no escalão máximo do futebol português.
«Mas isso são questões que depois são muito trabalhadas do ponto de vista dos regulamentos. Como adepto do futebol, enquanto responsável da Liga, julgo que não deve haver jogos», explicou.
Questionado sobre a possibilidade de o Boavista vir a ter razão nesta questão e de poder vir a recorrer a decisão, Hermínio Loureiro respondeu apenas que espera que o Conselho de Justiça da Federação tome as suas «decisões em tempo útil».
O antigo secretário do Desporto falou também sobre a situação interna no PSD para se colocar ao lado de Pedro Passos Coelho, uma vez que é o único candidato à liderança do PSD que «pode encarar o futuro sem ter de justificar o passado».
«Quando olhamos para o combate político e para a argumentação permanente do primeiro-ministro relativamente ao PSD, quando está mais apertado fala do passado. Com Pedro Passos Coelho a liderar o PSD, o engenheiro José Sócrates só pode falar do presente e do futuro», argumentou.
Para Hermínio Loureiro, o «PSD deve perceber que esse caminho é importante para podermos ganhar o tal espaço na sociedade civil, ter o tal projecto alternativo e credível aos olhos dos portugueses, e que obrigue o primeiro-ministro a voltar a ter os pés na terra».