Hugo Chavez garante que o governo venezuelano vai ganhar a «guerra» do petróleo. Recorde-se que a produção tem vindo em «queda livre» desde o início da greve geral, a 2 de Dezembro.
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O presidente venezuelano, Hugo Chavez, afirmou sábado que o seu governo está em vias de ganhar a batalha do petróleo, cuja produçãodiminuiu acentuadamente desde o início da greve geral, desencadeada dia 2 deste mês pela oposição de direita.
«Estamos em vias de ganhar a batalha. Ainda não acabou, mas vamos ganhar a batalha pela PDVSA (a companhia petrolífera nacional)», disse o presidente venezuelano. De esquerda, num discurso pronunciado na refinaria de Guaraguao, 220 quilómetros a leste de Caracas.
Horas antes, um superpetroleiro brasileiro, o Amazon Explorer, chegou ao largo desta refinaria com mais de 500 mil barris de gasolina sem chumbo, que deverá permitir que as autoridades venezuelanas limitem os efeitos da escassez de combustível no país.
«Agradeci directamente pelo telefone ao presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, pela sua ajuda. Agradeci também ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, com quem falei sexta-feira longamente pelo telefone», disse Hugo Chavez, prestando depois homenagem a Fidel Castro e ao povo cubano, que lhe garantiram o seu apoio.
Polícia dispersa marcha de opositores em Lara
Entretanto, a polícia regional do Estado de Lara, a quatrocentos quilómetros de Caracas, dispersou a marcha da oposição, na cidade de Barquisimeto.
Segundo diversas fontes, os manifestantes foram obrigados a dispersar depois da polícia ter feito uma barreira com equipamento anti-choque para evitar que estes acedessem à zona central da cidade, naquela que seria a terceira grande mobilização, naquele Estado, contra o presidente Hugo Chavez.
Por outro lado, a polícia «larensa» permitiu que mais de uma centena de simpatizantes do actual regime circulasse livremente por todos os sectores da capital do Estado de Lara, «governada» por Luís Reyes Reyes, militante do partido do Governo.