A humanidade está mais pessimista em relação ao futuro da economia mundial e pensa maioritariamente que o planeta está cada vez menos seguro, segundo uma sondagem esta quinta-feira publicada pelo Fórum Económico Mundial de Davos.
Corpo do artigo
De acordo com esta sondagem do Instituto Gallup Internacional, realizada junto de 61.000 indivíduos em 60 países, 36 por cento das pessoas pensam que a prosperidade das gerações futuras será inferior à actual, contra somente 33
por cento a antecipar um mundo mais próspero.
O resultado do estudo realizado entre Outubro e Dezembro últimos revela uma degradação do sentimento geral face ao ano anterior: em 2006, 40 por cento das pessoas interrogadas diziam-se optimistas quanto à economia mundial, contra somente 31 por cento com opinião contrária.
Quanto a saber se a próxima geração vai viver num mundo mais seguro, os pessimistas continuam a liderar (48 por cento, como em 2006), quando os optimistas já só são 25 por cento (contra 26 por cento em 2006).
Os ocidentais mostram-se cada vez mais pessimistas: 54 por cento dos europeus do oeste e 43 por cento dos americanos predizem que o mundo será menos próspero. São 69 por cento na Europa a anunciar um mundo menos seguro e 61 por cento nos Estados Unidos.
Os africanos estão em contrapartida os mais optimistas para a economia (71 por cento), segundo esta sondagem publicada antes da reunião anual do Fórum Económico Mundial que deve reunir uns 2.500 altos responsáveis da política e da economia na próxima semana em Davos (Suíça).
A sondagem baptizada «A Voz do Povo» mostra que os responsáveis do mundo dos negócios estão melhor vistos do que o pessoal político: 60 por cento das pessoas qualificam estes últimos como desonestos (contra 43 por cento somente em 2006), contra 43 por cento somente para os dirigentes de empresas.
A acusação de incompetência é feita por 41 por cento dos entrevistados aos meios políticos e por 23 por cento aos responsáveis económicos.
Somente 8 por cento das pessoas interrogadas, dizem confiar nos dirigentes políticos, contra 27 por cento para os responsáveis religiosos e 16 por cento para os jornalistas.
No capítulo das prioridades que deveriam fixar-se os dirigentes mundiais, os sondados citam em primeiro lugar a eliminação da pobreza (14 por cento), perante o crescimento económico (13 por cento), a luta contra as guerras (13 por cento), a guerra contra o terrorismo (12 por cento) e a protecção do meio ambiente (11 por cento).