Ian Huntley, alegado assassino de duas meninas de 10 anos, em Agosto de 2002, no Reino Unido, admitiu ser «responsável» pela morte de ambas mas garante que só matou Holly e Jessica porque entrou «em pânico» e ficou «paralisado».
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«Estou muito triste com o que aconteceu e tenho vergonha do que fiz. Sou responsável pela morte de Holly e Jessica. E já não há nada que eu possa fazer», declarou Ian Huntley ao testemunhar pela primeira vez em tribunal, no vigésimo dia do seu julgamento.
«Quando Holly caiu na banheira, eu fiquei ali de pé, à espera que ela se mexesse e se levantasse...e quando percebi que ela não se mexia, entrei simplesmente em pânico e fiquei paralisado», declarou.
Ao testemunhar, o suspeito disse também ter ouvido Jessica gritar e lembrar-se de ter tentado calá-la tapando-lhe a boca.
Depois de lhes tomar os pulsos e de perceber que não tinham pulsação, Huntley diz que pensou em chamar a polícia: «Eu não conseguia acreditar no que se estava a passar. Não parava de pensar 'Como é que vou explicar isto à polícia?'», relatou ao tribunal, acrescentando que não descansou enquanto não «destruiu todos os vestígios» da tragédia.
Ian Huntley, de 29 anos, alega que o duplo assassínio foi um acidente.
Quando foram encontrados, treze dias depois de Holly e Jessica terem desaparecido, os cadáveres das duas crianças estavam num tal estado de decomposição que as autópsias não permitiram determinar as causas de morte.
Segundo a descrição que Ian Huntley fez ao tribunal, Holly afogou-se ao balançar na banheira da casa de banho da sua residência e Jessica foi por ele asfixiada quando a tentava calar tapando-lhe a boca.
Também segundo o testemunho do suspeito, as raparigas entraram na casa de banho da sua residência porque Holly estava a sangrar do nariz.