Os especialistas adoptaram um novo método para combater a fúria do Etna. Agora estão a recorrer a imagens vindas do espaço, para observarem e retirarem informações sobre as fissuras, os rios de lava e as cinzas vulcânicas.
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Os satélites em órbita estão a recolher imagens das erupções do Etna. O vulcão mais activo da Europa, tem estado a cuspir lava de fissuras na vertente sul, há mais de uma semana.
Agora, com as informações obtidas através das imagens do espaço, as autoridades podem gerir a situação de outra forma. «A presente erupção começou a 17 de Julho, mas têm-se estado a abrir novas fissuras», disse Kate Evans-Jones, do Serviço de Análise de Informação à Distância (SAID), no Laboratório Náutico de Plymouth, no Reino Unido.
«A actividade do vulcão pode ameaçar áreas mais populosas. Estamos a obter informações de satélites em tempo real de forma a que novas torrentes de lava possam ser identificadas», adiantou Kate Evans-Jones, sublinhando ainda que «esta é a primeira vez que informações de satélite são utilizadas para ajudar a avaliar a situação de crise provocada pelo Etna».
O SAID tem estado a utilizar informações da Administração Atmosférica Nacional e Oceânica dos Estados Unidos (AANO-EUA), para ter mais informações sobre as torrentes de lava, crateras e fissuras.
Também têm estado a ser utilizadas informações provenientes de um sensor australiano, o Radiómetro Perscrutador de Terreno (RPT), bem como da Agência Espacial Europeia, através do seu satélite ERS-2.
A informação pode ser utilizada para seguir os rastos vulcânicos. Esta informação é útil para a indústria da aviação, no que diz respeito às cinzas vulcânicas, visto que são um risco para os aviões, podendo mesmo paralisar os motores e fazer com que estes percam velocidade.