Na Alemanha, está instalada a luta pelo poder depois das eleições de domingo terem falhado em produzir um vencedor sem margem para dúvida. Entre a CDU e o SPD existe, até ao momento, uma diferença de menos de um ponto percentual. Os dois candidatos dizem que não prescindem da chancelaria.
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Nas eleições de domingo, na Alemanha, os conservadores de Angela Merkel conseguira mais três ou quatro lugares no parlamento que o SPD de Gerard Schroeder mas nenhuma das duas coligações tem votos para governar.
A diferença entre sociais-democratas e conservadores é de menos de um ponto percentual, margem que ainda pode ser reduzida depois de realizada a votação em Dresden, entretanto adiada para 2 de Outubro devido à morte de uma das candidatas.
Tanto Angela Merkel como Gerard Schroeder já reivindicaram a chancelaria mas nenhuma das coligações possíveis é garantia de um governo estável.
Na luta pelo poder. Angela Merkel reivindica o posto de chanceler, com base nos 35,2 por cento conseguidos nesta eleições, enquanto Schroeder, embalado por um resultado melhor que o esperado, diz que o eleitor mostrou que o quer a ele como chanceler.
Ainda assim, Schroeder não exclui, no entanto, uma coligação com a CDU mas apenas e unicamente se for ele a ocupar o lugar de chanceler.
As hipóteses para formar aliança para um governo estável são várias: uma coligação SPD/Verdes/Liberais, uma aliança CDU/Liberais/Verdes, uma grande coligação democratas-cristãos/SPD ou uma coligação SPD/Verdes/Linkspartei-PPD.
Perante o impasse, os partidos reúnem-se esta segunda-feira, em Berlim, para analisa a situação e estudar as possibilidades de formação de um governo.
Após o apuramento dos votos, e que ainda não inclui a votação em Dresden, a CDU/CSU deverá conseguir entre 224 a 225 lugares no parlamento, o SPD entre 221 a 222 lugares, os Liberais 61 lugares, o Partido de Esquerda 54 lugares e os Verdes 51 lugares.