O indicador de confiança dos consumidores continuou a diminuir em Março, embora menos intensamente do que nos meses anteriores, registando o mínimo desde Junho de 2003, indicou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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Em Março, o indicador de confiança dos consumidores manteve a tendência descendente devido ao contributo negativo das componentes de expectativas sobre a evolução da situação económica do país e financeira das famílias, tendo as restantes componentes recuperado.
As perspectivas sobre a evolução da situação económica do país apresentaram o contributo negativo mais expressivo pelo sexto mês consecutivo, atingindo o mínimo desde Maio de 2003.
As expectativas sobre a evolução da situação financeira do agregado familiar atingiram em Março um novo mínimo histórico para a série iniciada em Junho de 1986.
Pelo contrário, as perspectivas sobre a evolução do desemprego recuperaram, depois de se terem agravado continuamente entre Julho e Fevereiro.
As expectativas de poupança recuperaram nos três primeiros meses do ano, após terem alcançado o mínimo histórico no final de 2007.
O indicador de clima económico recuperou ligeiramente em Março, situando-se ao nível registado em Dezembro.
Na indústria transformadora, o indicador de confiança agravou-se devido à diminuição do saldo das respostas extremas das opiniões sobre a procura global, interrompendo o movimento ligeiramente ascendente dos dois primeiros meses do ano.
Na construção e obras públicas, o indicador de confiança recuperou nos três primeiros meses do ano, registando o valor mais elevado desde Outubro de 2002.
No comércio, o indicador de confiança recuperou em Março mais do que compensando a diminuição dos dois meses anteriores.
A evolução do indicador foi determinada apenas pela recuperação observada no comércio por grosso.
Nos serviços, o indicador de confiança recuperou ligeiramente em Março devido à evolução positiva das perspectivas de procura, interrompendo o movimento descendente dos três meses anteriores.