Numa mega operação da Autoridade para as Condições do Trabalho, dirigidas ao sector da Construção Civil, foram detectadas mais de 1500 situações de risco profissional. Foram também apanhados 165 trabalhadores em situação irregular.
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Um número considerado elevado pelo responsável pela Autoridade para as Condições do Trabalho. «Verificou-se um elevado número de situações ilegais, como quedas em altura, porque foram identificadas 1200 situações em que não havia protecção para trabalhos em altura», explica Paulo Carvalho.
«Por outro lado, fizemos 367 suspensão de trabalhos que só acontece quando há um perigo grave eminente», acrescenta o responsável.
Quanto ao trabalho não declarado, a ACT identificou 165 trabalhadores que não estavam inscritos na Segurança Social, que irão passar a ter a sua situação regularizada bem como os respectivos descontos efectuados.
Paulo Carvalho sublinha que este número «é elevado» e sublinha que «na construção civil, como noutras áreas, há muitos trabalhadores em situação ilegal, ou porque não têm segurança social, ou porque não declaram os salários reais ou porque não são comunicadas as suas admissões ao trabalho».
A inexistência de Plano de Saúde e Segurança (8,5 por cento dos estaleiros visitados), ausência de coordenador de segurança (8 por cento) e o não cumprimento da obrigação de comunicação prévia do início dos trabalhos (19 por cento) foram outras das irregularidades detectadas.