O Tribunal de Instrução de Guimarães inicia esta quinta-feira, em Felgueiras, a instrução do processo da presidente da Câmara local, Fátima Felgueiras, acusada de 28 crimes, onde estão envolvidos também mais 16 arguidos.
Corpo do artigo
Esta fase processual deverá ser marcada pela luta entre as teses dos arguidos Horácio Costa e Joaquim Freitas - ex-colaboradores da presidente de câmara - e da defesa de Fátima Felgueiras, ambos tentando demonstrar a respectiva culpabilidade, explicou o advogado da autarca, Artur Marques.
Os dois arguidos que forneceram toda a contabilidade do «saco azul» aos investigadores da PJ/Braga vão tentar demonstrar que não praticaram nenhum crime, cumprindo apenas ordens directas da autarca.
Artur Marques, o advogado de defesa de Fátima Felgueiras - dado que a autarca não deverá comparecer em Tribunal - utilizará a tese de que os dois ex-colaboradores «actuavam em roda livre», recolhendo dinheiro sem que ela tivesse conhecimento.
O Ministério Público de Felgueiras acusou a presidente da Câmara local, Fátima Felgueiras, de ter lesado o município em 788.750 euros em contratos alegadamente viciados com a empresa Resin e em viagens ao estrangeiro.
Numa mensagem transmitida esta quinta-feira por Fátima Felgueiras, no jornal «Público», a autarca promete voltar a Portugal (neste momento encontra-se ainda no Brasil) para se apresentar à justiça e ser candidata às próximas eleições autárquicas.