A desconfiança está no seu máximo histórico em Portugal.
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Desconfio mesmo que na bolsa de palavras da nossa língua a desconfiança é hoje maior do que a própria inveja.
E a pergunta torna-se inevitável: Como tirar do pântano um
país que sofre do pecado capital da inveja e sem qualquer dose de confiança nos seus cidadãos?
Santo Agostinho dizia que a inveja é a mãe de todos os outros pecados mas a desconfiança latente transforma a inveja num simples pecadilho.
Volto a dizer que Portugal só recupera o seu caminho se passar de uma sociedade da desconfiança a uma cultura da confiança. Esse papel cabe ao governo que tem que ser o primeiro a acreditar na mudança.
Mudar para acreditar eis a chave para acreditar que é possível mudar. Sem esta dupla confiança Portugal continuará a perder a fé na pouca esperança que a nossa cultura nos reserva.
Eu acho que ainda há uma diferença entre desconfiar e não confiar. Prefiro por exemplo não confiar no Pai Natal do que desconfiar das suas barbas brancas...
Palavras Cruzadas
Crónica diária, de segunda a sexta, às 10h30m