Um grupo de investigadores da Universidade Pública de Navarra, Espanha, conseguiu produzir, em batatas transgénicas, albumina humana. Uma proteína clinicamente empregada em queimaduras graves, estados de desidratação, cirroses e doenças hepáticas.
Corpo do artigo
Um grupo de investigadores da Universidade Pública de Navarra, norte de Espanha, conseguiu produzir, em batatas transgénicas, albumina humana, uma proteína clinicamente empregada em queimaduras graves, estados de desidratação, cirroses e doenças hepáticas.
Os trabalhos de investigação, recolhidos na tese de Inmaculada Farran Blanch, recordam que a albumina humana, a proteína mais abundante do plasma, sintetiza-se no fígado e é rapidamente segregada para o espaço extra-celular, sendo a sua principal função a de manter a pressão osmótica coloidal nos vasos sanguíneos.
Devido às suas propriedades, é a proteína sérica mais utilizada no mundo, com necessidades mundiais de reserva que se situam nas cerca de 500 toneladas por ano.
O facto de os tratamentos serem onerosos, o risco de transmissão de doenças, como a sida e a hepatite, justificam a importância de se obter esta proteína de outros microorganismos mediante sistemas que permitam uma produção ágil e económica, como é agora o caso com a batata.
Para conseguir a albumina humana em tubérculos de plantas trangénicas de batata, Inmaculada construíu um gene quimérico que se clonou num plasma encarregado de integrar um gene clonado no genoma da planta da batata.