A ex-ministra da Cultura, Isabel Pires Lima, disse à TSF que concorda com o diagnóstico de Luís Amado. Tal como o ministro dos Negócios Estrangeiros, considera que há excesso de «política de capelinhas» nas relações entre os vários ministérios.
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Num debate sobre política externa, Luís Amado, deixou na segunda-feira esse reparo, ainda que tenha dito que o problema também abrange o seu ministério e o da Economia, sublinhou que é especialmente notório no sector da Cultura.
O ministro lamentou que essa atitude, a que também chamou de «preservação de poder» impeça um melhor aproveitamento da língua portuguesa enquanto valor de promoção da política externa.
Em declarações à TSF, a antiga ministra da cultura disse que concorda com Luís Amado. Isabel Pires de Lima defendeu que há de facto uma descoordenação entre os Ministérios da Cultura, dos Negócios Estrangeiros e da Economia que acaba por lesar os interesses do país.
Isabel Pires de Lima afirmou que no futuro o Governo deve apostar numa planificação feita a tempo e horas, que não dependa de quem são, em dado momento, os titulares das pastas governamentais que cuidam da promoção de Portugal no estrangeiro.
A TSF contactou esta tarde o Ministério da Cultura para tentar obter uma posição sobre este assunto. Na resposta, o gabinete do ministro José António Pinto Ribeiro fez saber que não haverá comentários sobre as declarações de Luís Amado.