O exército israelita completou a sua retirada da Faixa de Gaza perto da sete da manhã locais desta segunda-feira. Mahmoud Abbas considerou que este é um «dia de alegria», ao passo que Shimon Peres considerou a ocupação de Gaza como um «erro histórico».
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O último soldado israelita abandonou a Faixa de Gaza, esta segunda-feira de manhã, colocando assim Israel ponto final a uma ocupação que se prolongou por 38 anos.
Pouco depois das 6:50 locais (4:50 em Lisboa), o comandante das forças israelitas em Gaza fechava o portão de Kissoufim, na fronteira entre Israel e Gaza, e declarava o fim da missão de retirada.
«A missão está terminada e fecha-se uma época. A partir de agora, a responsabilidade do que se vai passar na Faixa de Gaza repousa sobre a Autoridade Palestina», afirmou o general Aviv Kochavi.
Do lado palestino, o presidente Mahmoud Abbas saudou o final da retirada israelita como um «dia de alegria como nunca o povo palestino conheceu num século».
«É tempo para que este povo saboreie a alegria e acabe com a tristeza, com o sofrimento e com a opressão que existiram geração após geração», acrescentou o presidente da Autoridade Palestina.
Por seu turno, o número dois do governo israelita Shimon Peres considerou os 38 anos de ocupação de Gaza por parte de Israel como um «erro histórico».
Em Kfar Darom, logo a seguir à saída dos militares israelitas, centenas de jovens palestinos partiram os vidros da sinagoga local, incendiando as palmeiras à entrada do templo.
Na cidade de Gaza o final da retirada judaica da Faixa de Gaza foi celebrada com alguns tiros para o ar.