O líder do CDS-PP entregou esta quinta-feira, no Parlamento, quatro projectos de resolução que exigem o pagamento «de dívidas» aos agricultores, desde compensações pelo abate de árvores, aos financiamentos das organizações de produtores. Paulo Portas insiste que o ministro Jaime Silva «não é amigo» dos agricultores.
Corpo do artigo
Em conferência de imprensa na Assembleia da República, Paulo Portas insistiu nas críticas que tem feito ao ministério da Agricultura, afirmando que «só paga sob pressão» e que «é mais amigo do ministério das Finanças do que dos agricultores».
Questionado sobre se mantém a acusação, feita o mês passado, de «caloteiro», ao ministro da Agricultura, Jaime Silva, Paulo Portas insistiu que «o CDS-PP faz o seu papel que é fazer pressão porque o ministério só paga sobre pressão».
Um dos projectos hoje entregues na Assembleia da República recomenda ao Governo que restitua a todos os agricultores que pagaram as chamadas "taxas remuneratórias" sem necessidade de qualquer pedido formal dos próprios.
«O ministério anda a escrever aos agricultores a perguntar se se lembram que projectos apresentaram e se se lembram do valor em escudos. Como se o IFADAP não soubesse porque terá que ter o histórico dessas candidaturas», criticou Paulo Portas, afirmando que se trata de «um pretexto para atrasar a restituição» dos valores.
Outro projecto de resolução hoje entregue exige que o Governo inicie «de imediato o pagamento das compensações a todos os proprietários afectados pelo abate de árvores» desde que em Maio de 1999 foi detectado em Portugal uma doença que afecta os pinheiros.
Paulo Portas referiu ainda a situação das associações de raças autóctones, nas quais o Estado «delegou competências» para fazerem os registos zootécnicos e que «desempenham um notável serviço público de preservação da biodiversidade».