O Japão absteve-se na votação da moratória internacional que proíbe a caça à baleia, durante a reunião da Comissão Baleeira Internacional, em Londres. Contudo, para o ano, os japoneses prometem chumbar o documento.
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O Japão promete chumbar a moratória que proíbe a caça à baleia no próximo ano. Esta foi a condição imposta para o país se abster na votação final do documento, na reunião que decorre em Londres.
Este ano, as baleias ainda estão a salvo mas um responsável pela agências de pesca japonesas garantiu, à Reuters, que o mesmo não vai acontecer na próxima reunião, que vai ter lugar em Tóquio.
A Greenpeace já reagiu ao anúncio do chumbo do Japão lembrando que a caça controlada à baleia mantém toda a espécie em perigo.
Ao todo, 43 países assistem à reunião anual da Comissão Baleeira Internacional (CBI) que decorre esta semana em Londres.
O Japão, a Noruega e um pequeno grupo de países - as Caraíbas são a favor da caça à baleia; os EUA, a Austrália e a Nova Zelândia apelam à prudência. Para chumbar a moratória é exigido o voto contra de pelo menos três quartos dos delegados.
O CBI votou em 1982 a favor de uma interdição da caça à baleia, que entrou em vigor no ano de 1985, apesar de Japão e Noruega continuarem a pescar baleias, ao nível de um milhar de cetáceos por ano.
O Japão e os seus aliados querem fazer uma diferenciação entre as espécies que estão de facto ameaçadas de extinção (como a baleia azul) e outras que não correm esse risco podendo, portanto, ser objecto de caça controlada.