O presidente do Governo Regional da Madeira recusou-se a «alimentar o folhetim do aborto», isto após o primeiro-ministro ter considerado «inadmissível» a não aplicação da lei na Madeira. Alberto João Jardim diz que quem tem obsessões tem de se tratar.
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O presidente do Governo Regional da Madeira não quer alimentar o «folhetim do aborto», isto depois de o primeiro-ministro ter considerado como «inadmissível» a não aplicação da legislação relativa ao aborto na ilha.
Reagindo a estas declarações de José Sócrates, numa entrevista na quarta-feira à SIC Notícias, Alberto João Jardim disse apenas que quem tem obsessões com a Madeira deve tratar-se.
«Quem tem obsessões com a Madeira - que indiciam já um aspecto doentio - quem está doente, trata-se», afirmou o presidente do governo regional madeirense, que está contra a aplicação desta lei.
O Governo Regional diz estar à espera que o Serviço Nacional de Saúde indique um hospital de referência para que este receba as mulheres madeirenses que desejam interromper a gravidez.
O governo madeirense defende ainda que as custas relativas ao aborto devem sair dos cofres do Estado, uma vez que a região autónoma não dispõe de condições humanas, técnicas e financeiras para adoptar a lei.