O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança Comum, Javier Solana, disse este domingo que a ausência dos líderes árabes e do primeiro-ministro israelita não retira valor à Cimeira Euro-Mediterrânica de Barcelona.
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«O importante não é quem é o porta-voz do debate, mas qual o conteúdo da resolução, do que discutimos aqui, e isso creio que será um êxito e um grande impulso para seguir em frente», afirmou em declarações aos jornalistas.
Para Solana, as razões que motivaram a ausência de alguns líderes da Cimeira têm «de ser muito fortes para não estarem na celebração do décimo aniversário» da criação do Processo de Barcelona.
«Por muito que analisem as razões pelas quais não vieram, algumas delas são bem conhecidas e compreensíveis», acrescentou.
Faltaram à Cimeira, por vários motivos, os chefes de Estado da Argélia, Egipto, Jordânia, Líbano, Marrocos, Síria e Tunísia, assim como o primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon.
Solana considerou também que as ausências desses dirigentes não estão relacionadas com o Código de Conduta contra o Terrorismo, que a Cimeira pretende aprovar e que provocou vários desacordos sobre a definição de «terrorismo», que os árabes querem diferenciar de resistência legítima contra a invasão.
A reunião dos 38 líderes do Euro-Mediterrâneo começou hoje com uma sessão sobre a Aliança das Civilizações, mas os trabalhos formais da cimeira só começam segunda-feira.