O antigo técnico do Belenenses, João Alves, mostrou-se hoje surpreendido pelo seu envolvimento no julgamento de José António Matias, antigo presidente da direcção. Alves foi citado para comparecer na passada quinta-feira, no tribunal da Boa Hora.
Corpo do artigo
João Alves, antigo técnico do Belenenses, mostrou-se hoje extremamente surpreendido pelo facto de se ter visto envolvido no julgamento em que é arguido José António Matias, ex-presidente dos «azuis» do Restelo.
Alves esteve presente no Tribunal da Boa Hora, na passada quinta-feira, tendo sido citado pela testemunha da acusação Maria da Conceição Chapa, funcionária dos serviços financeiros do clube.
Esta afirmou que João Alves teria recebido verbas em atraso, por intermédio de depósitos bancários e, simultaneamente, através de entrega directa ao arguido.
«Em relação às verbas em atraso que tinha a receber do Belenenses, posso afirmar que apenas as consegui após quatro anos, e através de um julgamento, efectuado no terceiro juízo, da terceira secção do Tribunal de Trabalho de Lisboa», salientou o treinador, em declarações à Lusa.
O técnico negou ter recebido qualquer tipo de verba, tanto em duplicado, como unitariamente.
João Alves referiu, ainda, que vai contactar o seu advogado, de forma a estudar possíveis medidas a tomar, dado que, segundo o próprio, Maria da Conceição Chapa faltou à verdade em Tribunal.
Por último, importa referir que a actual direcção do Belenenses, liderada por Sequeira Nunes, moveu um processo em Tribunal contra o anterior presidente da direcção, José António Matias.
O anterior líder «azul» é acusado de um crime de peculato, motivado pelo uso indevido de fundos, na ordem dos 80 mil contos.