O PCP recusou ligar as jornadas parlamentares do partido nos Açores à realização, este ano, de eleições regionais. Na agenda do encontro, que começa este domingo, estão sobretudo críticas ao Código do Trabalho e ao Tratado de Lisboa.
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As jornadas parlamentares do PCP, que têm lugar entre este domingo e terça-feira, decorrem em Ponta Delgada, no ano das eleições regionais dos Açores.
«Não seriam necessárias jornadas parlamentares para que houvesse, como há, boas expectativas em relação às eleições legislativas regionais», disse o líder parlamentar do partido, adiantando que o PCP terá «bons resultados» eleitorais.
Apesar de Bernardino Soares não ligar as jornadas do partido à realização, este ano, das eleições regionais, os deputados comunistas têm uma intensa agenda com os onze parlamentares, incluindo o secretário-geral, Jerónimo de Sousa, distribuídos pelas ilhas de São Miguel, Terceira, Faial e Santa Maria.
Estas quatro ilhas contribuíram para que, nas últimas regionais, o PCP perdesse aos seus dois deputados na assembleia regional, lugares certos desde 1984, dissolvidos pelo reforço da maioria socialista de Carlos César.
Na agenda das jornadas parlamentares do PCP vão estar criticas à «legislação laboral e às anunciadas pretensões do Governo em agravar ainda mais as disposições do Código de Trabalho».
Os comunistas também vão analisar «as consequências para o país da aprovação» do Tratado de Lisboa, como o facto da competência para gerir o mar territorial passar a ser exclusiva da União Europeia.