José Miguel Júdice confessou, esta tarde, que por causa de sucessivos atrasos esteve perto de se afastar da sociedade que será responsável pela reabilitação da zona ribeirinha de Lisboa.
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O advogado, convidado há um ano por José Sócrates, para liderar a sociedade adiantou que foi também o primeiro-ministro quem o convenceu a continuar no projecto.
José Miguel Júdice admitiu abandonar a liderança da reabilitação da zona ribeirinha da capital por causa dos sucessivos atrasos e adiamentos.
Júdice temeu que o projecto não ficasse pronto a tempo, mas o poder persuasivo do chefe de Governo foi suficiente para que permanecesse no lugar.
Esta tarde, José Miguel Júdice anunciou que até ao próximo dia 15 será constituída a sociedade que vai reabilitar a zona ribeirinha da capital.
O projecto vai ser subsidiado por verbas do Estado e a autarquia lisboeta vai tornar-se accionista. José Miguel Júdice vai ser o presidente executivo da Sociedade de Requalificação da Zona Ribeirinha, composta por mais sete membros por ele nomeados.
O advogado garante ainda estar a prestar um acto de cidadania pelo que nenhum elemento será remunerado.
Agora só falta a luz verde do presidente da República, Cavaco Silva. Júdice acredita no «sim» do chefe de Estado, mas se a resposta for negativa promete deixar de uma vez por todas a sociedade.
Por iniciativa do Governo a Administração do Porto de Lisboa transferiu para a autarquia parte considerável da área que vai ser abrangida pela reabilitação, mas o Presidente da República devolveu o diploma em causa ao executivo.