Os «kits» mãos livres dos telemóveis podem aumentar o nível de exposição do cérebro a radiações, segundo a revista britânica «Which?». Os aparelhos tanto podem reduzir como aumentar a radiação, dependendo da posição do telemóvel e do «kit».
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Há novos receios quanto à eficácia dos «kits» mãos livres dos telemóveis. Os novos estudos, divulgados pela revista britânica de defesa do consumidor «Which?», confirmam que os dispositivos podem aumentar o nível de exposição do cérebro a radiações.
Segundo um artigo publicado em Abril pela revista e refutado pelo governo britânico em Agosto, o sistema com auriculares pode triplicar a exposição às radiações. A «Which?» aponta agora falhas aos métodos da investigação paga pelo governo.
Nas pesquisas mais recentes, em que foi utilizado um líquido reagente dentro da cabeça de um boneco, ficou registado que os «kits» podem funcionar como uma antena que dirige a radiação para o ouvido.
O nível das emissões dependem da distância entre a ponta da antena e o auricular, que variaram consoante a forma de pegar no telemóvel. Este foi um pormenor não avaliado pela pesquisa do governo.
Posição faz a diferença
«Tal como nos nossos primeiros testes, é claro que os consumidores não podem confiar nos 'kits' mãos livres para reduzir as emissões de radiação para o cérebro dos telemóveis», explica a editora Helen Parker.
Os «kits» podem reduzir a radiação entre 10 a 90 por cento, mas também a podem aumentar, dependendo da posição do telemóvel e do «kit». No entanto, os níveis verificados encontram-se dentro dos limitem impostos pela União Europeia.
A radiação electromagnética dos telemóveis aquece os tecidos do cérebro, podendo provocar cancro. No entanto, continuam por provar os riscos dos telemóveis para a saúde humana.