O primeiro-ministro japonês Koizumi vai poder avançar com uma série de reformas no país, incluindo a privatização dos correios, após o seu partido ter vencido com maioria absoluta as eleições de domingo. O grande derrotado foi o maior partido da oposição.
Corpo do artigo
O partido liderado pelo primeiro-ministro japonês Junichiro Koizumi venceu com maioria absoluta as eleições de domingo no país, alcançado 296 dos 480 lugares da Câmara dos deputados.
De acordo com os resultados oficiais, o Partido Democrático Liberal obteve um resultado histórico de 61,7 por cento dos votos, aumentando a sua presença no parlamento em 84 parlamentares.
Bem pior fez o principal partido da oposição, o Partido Democrático do Japão, que não foi além dos 113 lugares contra os 177 que tinha antes do acto eleitoral de domingo.
Já o partido budista Komeito, parceiro de coligação do partido de Koizumi, perdeu três lugar no parlamento, descendo para 31 deputados.
Com este triunfo considerado por Koizumi como esmagador, o primeiro-ministro japonês ficou com via aberta para colocar em marcha uma série de «reformas estruturais» no país, incluindo a privatização dos serviços postais nipónicos.
«Vou agradecer à população. Tendo em conta os resultados, penso que o povo emitiu um veredicto favorável à reforma dos Correios», afirmou Koizumi.
Esta é a primeira vez que um partido japonês obtém a maioria absoluta do país desde 1990, numa acto eleitoral que teve a menor abstenção de sempre desde a mudança do sistema eleitoral em 1996.
Entretanto, o chefe do Governo japonês já assegurou que vai abandonar o poder em 2006, quando expirar o seu mandato como presidente do partido, tal como tinha prometido a si próprio.
«Antes das eleições, tinha dito que manteria no cargo até Setembro de 2006 e que depois não tinha intenções de me manter como presidente do partido ou como primeiro-ministro. Não houve mudança de planos», acrescentou.