É a primeira derrota de Tony Blair no parlamento desde que foi eleito em 1997. Os deputados britânicos - incluindo alguns trabalhistas - recusaram aprovar uma nova lei de prisão preventiva que permitia manter suspeitos de terrorismo detidos 90 dias sem culpa formada.
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O líder trabalhista, apesar da maioria confortável de 354 deputados (em 646) na Câmara dos Comuns, não conseguiu convencer mais do que 291 a votar favoravelmente a lei: 322 votaram contra e 33 abstiveram-se.
A Lei Antiterrorista do Reino Unido acabaria por ser aprovada com uma emenda menos polémica, ampliando o prazo de detenção sem culpa formada de suspeitos de terrorismo de 14 para 28 dias.
A emenda obteve os votos favoráveis de 323 deputados contra 290 e as mesmas 33 abstenções.
Blair assistiu à derrota da sua proposta, na qual se tinha empenhado politicamente, com o rosto tenso de quem já não consegue, como antes, manter o Partido Trabalhista coeso atrás das suas propostas.
A proposta de Blair só foi derrotada porque 41 deputados trabalhistas se juntaram às hostes da oposição.