Entra hoje em vigor na Austrália uma Lei da Tecnologia Genética de modo a ser possível controlar as experiências com culturas modificadas geneticamente que têm vindo a acontecer no país.
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Uma Lei de Tecnologia Genética entrou esta quinta-feira em vigor na Austrália com o objectivo de controlar as experiências com culturas modificadas geneticamente que se espalham pelo país.
O governo anunciou que vai revelar a localização de alguns dos centros experimentais que trabalham nesta área.
A directora da Agência Reguladora da Tecnologia Genética, Liz Cain, considera a nova lei como a «mais rígida do mundo».
O sistema voluntário de controlo do uso de organismos geneticamente modificados (OGM), até agora em vigor, é substituído na nova lei por um sistema de controlo obrigatório que prevê multas até aos 500 mil dólares diários (cerca de 117 mil contos) para os infractores.
«Trata-se de um sistema de regulação que visa determinar os riscos para o meio ambiente e para a saúde humana e controlar os elementos relativos à segurança dos OGM», explicou Cain.
Os campos experimentais com culturas de algodão e milho, que foram geneticamente modificadas para se tornarem resistentes aos insectos e herbicidas, até agora desconhecidos pela população e governo locais, vão ser publicados com a localização exacta na Internet.
No entanto, alguns locais vão permanecer secretos, por motivos comerciais.
Tanto o Partido Trabalhista, na oposição, como o Democrata e os Verdes criticaram a nova legislação por permitir que se mantenham secretas algumas das experiências que estão a ser realizadas no país e por não prever o direito de os estados da Federação australiana optarem por proibir todo o tipo de OGM.