Com dois golos do inevitável Lisandro López, o FC Porto venceu, este domingo, o «clássico» com o eterno rival Benfica por 2-0, na 27ª jornada da Liga de futebol.
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Com tentos tirados a papel químico, à entrada da área aos 07 e 80 minutos, o argentino levou o repleto Estádio do Dragão ao rubro e ampliou para 24 o número de golos no campeonato, aumentando também para 24 os pontos de avanço sobre os «encarnados».
Com este resultado, o Benfica desperdiçou a oportunidade de ultrapassar o Sporting (perdeu 4-1 no "lanterna vermelha" Leiria), que se mantém em terceiro com um ponto de avanço, e ficou a quatro do Vitória de Guimarães, que segura o segundo posto, com acesso directo à ambicionada Liga dos Campeões.
No desafio em que Jesualdo Ferreira completou 250 jogos na Liga, os «olheiros» do Manchester United, Chelsea, Real Madrid e Inter viram, sobretudo, um «dragão» consistente, com um colectivo mais forte e um conjunto de atletas, de ambas as equipas, com qualidade para o seu interesse.
Na semana mais negra da época, com o afastamento da final da Taça de Portugal e a queda do segundo para o quarto lugar, o Benfica não conseguiu travar uma sequência negativa de resultados: nos últimos 13 desafios apenas venceu dois, ao Moreirense, na Taça, e Paços de Ferreira.
O FC Porto apresentou a habitual equipa em "4x3x3" com que construiu o folgado título, enquanto o Benfica, sem o lesionado Petit, surgiu em "4x4x2", com Di Maria a fazer dupla com Nuno Gomes no ataque e "sentar" Cardozo, o melhor marcador.
O ambiente de festa nas bancadas ganhou alento extra com o golo prematuro do FC Porto (07 m): Lisandro López evitou os defesas à entrada da área até conquistar espaço para o remate rasteiro que Quim não pôde suster (1-0).
Ao contrário do que os adeptos esperavam, o 23º golo do argentino na Liga não espevitou o tricampeão, que optou por um ritmo sereno, de contenção, demasiado lento nas transições defesa/ataque para importunar o guarda-redes.
O Benfica, que jogava de igual para igual, agradeceu a atitude e manteve a serenidade, praticando um futebol de pé para pé que o levou regularmente ao último terço do terreno, embora sentido dificuldades para criar perigo para Hélton
Quando decidiu acelerar, o FC Porto criou dificuldades, mas Quim mostrou classe ao anular tentativas de Quaresma (50 e 53 ) e Raul Meireles (55 e 57).
Já com Cardozo em campo (saiu Maxi Pereira), foi Luisão (62 m), em canto, a ameaçar de cabeça, com Lucho (65 e 71 m) a protagonizar a resposta com dois desvios a errar o alvo.
Aos 80, Mariano (deu maior vitalidade ao jogo) cruzou para Lisandro, novamente à entrada área, atirar forte e colocado, sem hipóteses (2-0).
Os repetidos abraços e cumprimentos entre atletas das equipas no fim do jogo foi nota importante, numa festa do futebol português que nem sempre acaba da melhor forma.
Em jogo da 27ª jornada da Liga de futebol, disputado no Porto, com cerca de 50 mil espectadores, sob arbitragem de Bruno Paixão, de Setúbal, as equipas alinharam da seguinte forma:
FC Porto
FC Porto: Helton, Bosingwa, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Fucile, Paulo Assunção, Raul Meireles (Bolatti, 81), Lucho González, Tarik Sektioui (Mariano, 62), Ricardo Quaresma (Farias, 88) e Lisandro López.
Suplentes: Nuno, Lino, Stepanov, Bolatti, Kazmierczak, Mariano e Farias.
Benfica
Benfica: Quim, Nelson, Luisão, Katsouranis, Leo, Binya, Maxi Pereira (Cardozo, 57), Rui Costa, Rodriguez, Di Maria (Nuno Assis, 85) e Nuno Gomes (Makukula, 78).
Suplentes: Butt, Luís Filipe, Sepsi, Ed Carlos, Nuno Assis, Makukula e Cardozo.
Acção disciplinar
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Lisandro López (08), Maxi Pereira (12), Binya (17 e 92), Katsouranis (27), Fucile (68) e Cardozo (72). Cartão vermelho a Binya (92), por acumulação de cartões amarelos.