O presidente da Câmara de Gondomar entende que as revelações de Carolina Salgado têm origem em desavenças de casal. Valentim Loureiro referiu que «é sempre desagradável ver pessoas desavindas na praça pública a atingirem-se».
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O presidente da Câmara de Gondomar lamentou as desavenças de casal que originaram as revelações de Carolina Salgado feitas no livro que lançou recentemente, onde implica Pinto da Costa em crimes de corrupção desportiva, evasão fiscal e outros crimes.
«Os casais quando se desentendem normalmente dizem coisas que talvez não devessem ser ditas», afirmou Valentim Loureiro à saída das instalações do Ministério Público de Gondomar, onde o autarca se deslocou para tratar de «assuntos relacionados com a autarquia».
Valentim Loureiro, um dos principais arguidos no processo «Apito Dourado», lamentou o que se está a passar, e referiu que «é sempre desagradável ver pessoas desavindas na praça pública a atingirem-se como é o caso».
Sobre o caso de agressão ao ex-vereador da Câmara de Gondomar, algo que segundo a ex-companheira de Pinto da Costa terá sido executado a mando do presidente do FC Porto, Valentim Loureiro afirmou que «naturalmente, condena este tipo de acções».
Esta terça-feira, foram ouvidas quatro testemunhas no processo «Apito Dourado», todas indicadas pelo ex-vereador da Câmara de Gondomar Leonel Viana, o único arguido do caso que não tem ligações ao futebol.
Este antigo vereador é acusado de um crime doloso de prevaricação em co-autoria, por facto que se prendem com a adjudicação municipal de um contrato de design publicitário.
Na quarta-feira, prevê-se que o juiz de Instrução Pedro Vieira irá ouvir três testemunhas indicadas por José Luís Oliveira, vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar.
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl, este testemunha de Valentim Loureiro, será também ouvido na quarta-feira.
«Não lhe vou dizer porque é que a indiquei como testemunha, porque o processo está em segredo de justiça, mas garanto que será eventualmente uma testemunha vital para aclarar uma situação que levantou dúvidas ao Procurador-adjunto, que é o titular do processo», esclareceu Valentim Loureiro esta terça-feira.
As audiências à porta fechada termina a 17 de Janeiro, devendo apenas em Fevereiro ser tomada a decisão se este processo irá a julgamento ou não.
O juiz determinou que os actos instruídos decorrem sem a presença do Ministério Público, dos advogados de defesa e dos próprios arguidos, com excepção do debate instrutório final, de acordo com o Código de Processual Penal.