Francisco Louçã usou uma alegoria para se refeir ao caso Marcelo. Santana Lopes reiterou a não existência de pressões que levassem à saída do comentador da TVI, pois «Portugal é livre e continuará a ser».
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O Bloco de Esquerda foi um dos partidos da oposição que questionou Santana Lopes sobre a saída de Marcelo Rebelo de Sousa da TVI no debate mensal com o Governo, recorrendo mesmo a uma alegoria zoológica.
«Imagine que fechamos Marcelo Rebelo de Sousa a criticar o Governo, o presidente da Media Capital, que tem negócios com o Governo, e o ministro dos Assuntos Parlamentares a acusar Marcelo de fazer comentários de ódio ao Governo. A parece um ovo e é corrido o professor Marcelo. Quem é que pôs o ovo, senhor primeiro-ministro?», afirmou Francisco Louçã.
Santana Lopes respondeu logo a seguir para dizer que não acreditava «que alguém dê uma ordem e que alguém aceite uma ordem para sanear alguém pelas opiniões que defende no Portugal livre».
«Aqui ninguém dá lições de democracia. Portugal é livre, continuará livre e outra coisa não se passa», rematou o primeiro-ministro.
Numa alusão à Madeira, o deputado bloquista acusou ainda Santana Lopes de «governar para os amigos» e de participar numa «campanha eleitoral onde se fazem duas, três, quatro inaugurações por dia».
«A Madeira é uma região SCUT, onde não se paga portagens», continuou Louçã, que não deixou passa em claro a o abandono imediato de funções do coordenador da PJ na região autónoma, que afinal não se irá concretizar.
Na resposta, Santana disse que ninguém pode provar qualquer interferência do Governo na PJ, ao passo que elogiou o que se tem feito na Madeira onde participou de forma imparcial na campanha eleitoral para as regionais.