O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, afirmou esta quarta-feira que a decisão do Governo de não receber oficialmente o Dalai Lama foi assumida no contexto das boas relações com a China, sublinhando que não decorre de «nenhuma pressão».
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Ouvido pela TSF, Luís Amado explicou que «a posição portuguesa foi assumida com total clarividência quanto aos interesses [de Portugal] nesta matéria e sem nenhum pressão de nenhum governo».
«As relações com a China são relações importantes para Portugal, mas não há nenhuma pressão do governo chinês que pudesse alterar a posição do governo português, assumida no quadro das boas relações que temos com a
China», acrescentou o ministro.
O MNE frisou ainda que a posição agora assumida pelo governo é a mesma que «se verificou no passado, quando da última visita do Dalai Lama a Portugal», em Novembro de 2001, e foi «definida já há bastante tempo».
O chefe da diplomacia portuguesa recusou igualmente que a visita do líder religioso tibetano seja um incómodo para o Governo português, sublinhando que se trata de «uma visita privada».
«Não vejo nenhuma razão para tanto alarido», disse ainda o ministro referindo-se à atenção dada ao assunto pelos media e às críticas de alguns partidos da oposição.