O antigo secretário de Estado da Administração Interna, Luís Patrão, desmente que a Fundação para a Prevenção e Segurança tenha alguma vez financiado a Associação Sócio-Profissional de Polícias.
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O ex-secretário de Estado, Luís Patrão, desmentiu à TSF a notícia do «Expresso». Segundo o jornal, a Fundação para a Prevenção e Segurança financiou em 20 mil contos a ASPP. O jornal «Expresso» explica que o dinheiro começou a entrar nos cofres da Associação em Abril.
Este apoio servia para «calar» os protestos da ASPP contra o Governo.
Luís Patrão diz que a noticia é totalmente falsa, que nunca existiu nenhum financiamento por parte da Fundação à Associação. Refere que o apoio foi dado de uma forma legal, através do ministério, mais precisamente, através da secretaria-geral do ministério da Administração Interna.
O antigo secretário de Estado revela ainda que o valor não ultrapassou os dois mil contos e foi relativo a pagamento de facturas de serviços.
Patrão acusa o «Expresso» de ter embarcado numa onda de falsidades, mentiras e de dar credibilidade a fontes que não merecem.
Nos ecos desta noticia, divulgada esta manhã, o presidente de outra associação, que representa os profissionais da polícia, a APP, revelou ao «Expresso» que já conhecia a história muito antes da polémica ter «rebentado» a propósito da Fundação criada por Armando Vara e Luís Patrão.
Num comunicado, emitido hoje, uma terceira associação, a que representa os subchefes da PSP, lamenta o comportamento e a atitude dos dirigentes da ASPP. Destaca que é «lastimável este tipo de comportamento no associativismo policial».
Os subchefes da polícia pedem também uma reunião com o ministro da Administração Interna, Nuno Severiano Teixeira, pois querem esclarecimentos sobre este assunto.
Versão da ASPP
Alberto Torres, presidente da ASPP, revela que a noticia do «Expresso» é «totalmente falsa porque nunca recebemos essa verba vinda do MAI».
«A verdade é que, realizamos um seminário, em Março deste ano, distribuímos um cartaz por todos os departamentos da PSP e tivemos a preocupação de os enviar para a comunicação social, onde dizíamos quais eram os patrocínios para esse seminário», salientou Alberto Torres.
«O ministério da Administração Interna deu-nos um apoio, pago directamente à unidade hoteleira onde estávamos instalados, o Inatel em Oeiras, no valor de 1700 contos. Mais tarde, após apresentação de facturas da nossa parte, pagou algumas deslocações de dirigentes para Lisboa, aluguer de camionetas, de viaturas, deslocações de colegas vindos da Madeira e dos Açores», frisou o presidente da ASPP.
«Nunca tivemos qualquer relacionamento com a instituição, propriamente dita, de que tanto se fala», concluiu.