Luísa Mesquita acusa o PCP de mentir no comunicado de sete pontos que justifica a expulsão da deputada e vereadora do partido, que garante ter a intenção de se manter naqueles lugares como independente.
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Luísa Mesquita assegura que vai continuar a desempenhar as funções de deputada na Assembleia da República e de vereadora na Câmara de Santarém como independente, após ter sido expulsa pelo PCP.
Sobre as explicações adiantadas pelo partido, em comunicado, para esta decisão Luísa Mesquita diz que se tratam de mentiras.
«O comentário mais geral que posso fazer, usando a linguagem que o PCP utiliza, é que se trata de um comunicado repleto de mentiras desde o primeiro ao último ponto», considera.
A deputada defende que muitas das afirmações feitas pelo partido «nem precisam de ser desmentidas», na medida em que quem conhece a forma como se comporta e o trabalho que desempenha «sabe que não correspondem minimamente à verdade».
Luísa Mesquita exemplifica mesmo dois casos concretos de «mentiras».
«Afirma-se em determinado momento que o PCP tentou resolver a minha questão profissional através de um 'emprego' na península de Setúbal (não está dito assim no comunicado, mas foi-me transmitido desta forma). Como toda a gente sabe tenho uma carreira profissional e não preciso nem nunca irei precisar que nenhum partido político me arranje emprego ou me trate da minha vida profissional», assegura.
Luísa Mesquita nega ainda a ideia do PCP de que fez jornadas parlamentares em Santarém para desafiar o partido.
Para a deputada e vereadora não faz sentido a acusação de «que menti dizendo que não sabia (das jornadas parlamentares em Évora) e de que não informei o PCP».
Luísa Mesquita acusa ainda a direcção de agir «quer em termos regionais quer nacionais com uma total ausência de ética e rigor», lamentando ter conhecimento da expulsão pela comunicação social.