O presidente da Federação Portuguesa de Futebol pediu a anulação da notificação enviada pela Direcção-Geral das Finanças para que os clubes regularizem as dívidas ao fisco. Gilberto Madaíl defende que a notificação não tem razão de ser.
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«A Federação entregou hoje um requerimento na Direcção-Geral de Impostos pedindo a anulação da notificação por falta de substrato», sublinhou Madaíl.
«Também solicitámos uma reunião de urgência com o ministro Bagão Félix para discutir a nota interna do ministério das Finanças, de Fevereiro de 1998, onde se lê: 'as receitas do totobola devem ser reavaliadas após seis anos'. Ou seja, agora em 2004», acrescentou o presidente da Federação.
Ontem, Bagão Félix sublinhou que o acordo do 'totonegocio' foi assinado, há seis anos, pela actual presidente da federação. O ministro sublinhou que o acordo previa que, se as receitas das apostas do totoloto não fossem suficientes para pagar as dívidas dos clubes ao fisco até ao fim de 2004, a Liga Portuguesa de Futebol e a Federação teriam de pagar o que faltava.
Mas Gilberto Madaíl afirma que o que estava previsto, após seis anos, era «fazer uma reavaliação, não estava prevista notificação nenhuma». «De qualquer maneira, mesmo que tivéssemos que pagar, devíamos ter sido informados uns meses antes. Nunca fomos informados das intenções do Governo», concluiu Madaíl.