Mais de 30 civis foram queimados vivos na madrugada de domingo num ataque por homens armados à aldeia de Ntulumamba, no Kivu-Sul, leste da República Democrática do Congo (RDC), revelou a missão da ONU no país (MONUC).
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«Mais de 30 civis, na sua maioria mulheres, foram mortos e cerca de 50 ficaram feridos», num ataque à aldeia de Ntulumamba, a cerca de 70 quilómetros a noroeste de Bukavu (capital do Kivu-Sul), declarou o porta-voz da MONUC, Kemal Saiki.
As vítimas foram fechadas nas cabanas e queimadas vivas por homens armados, de acordo com a mesma fonte.
Por seu lado, o governador do Kivu-Sul, Didace Kamimgimi, informou terem sido encontradas «39 cabanas e 26 corpos queimados», após uma missão do exército congolês ao local, na tarde de domingo.
Residentes que fugiram da zona atribuíram o ataque às milícias locais e aos rebeldes hutus ruandeses das Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR).
As populações do Kivu Sul e Norte, províncias do leste congolês na fronteira com o Ruanda, são quase diariamente vítimas de pilhagens, sequestros, violações e por vezes assassínios perpetrados por diferentes grupos armados que operam na região.
Os rebeldes da FDLR, baseados há 11 anos no leste da RDC e acusados por Kigali de terem participado activamente no genocídio ruandês de 1994, negaram estar implicados neste massacre.
Capacetes azuis da ONU foram hoje enviados para a aldeia de Ntulumamba, para fazer um balanço do ataque.