Cerca de 841 pessoas morreram e outras 323 ficaram feridas depois de uma ponte ter ruído a norte de Bagdad, num movimento de pânico provocado pelo rumor de um ataque bombista. O balanço das vítimas foi avançado por uma fonte de segurança iraquiana.
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Centenas de peregrinos xiitas, na sua maior parte mulheres e crianças, morreram ou ficaram feridos devido à queda de uma parte da estrutura da ponte Al-Aima, sob o rio Tigre, que separa o bairro sunita de Adhamiya do xiita de Kazimiyah.
Milhares de pessoas começaram a correr supostamente devido a um ataque colectivo de pânico provocado pelo rumor de que iria ocorrer um atentado suicida.
Um balanço do Ministério da Saúde deu conta anteriormente da morte de pelo menos 500 pessoas, tendo apenas contabilizado as que morreram afogadas, ressalvando que havia outras vítimas mortais por esmagamento.
O clima de medo estava ao rubro devido a um atentado que cerca de duas horas antes matou pelo menos sete pessoas e deixou outras 40 feridas perto da mesquita do Imã Musa al Kazem no bairro xiita de Kazamiyah.
O balanço dos mortos engloba não só as pessoas que faleceram devido aos afogamento no rio Tigre, mas também as que foram vítimas fatais de actos de violência durante a peregrinação que decorre no norte de Bagdad para assinalar a morte de um imã xiita.
Cerca de 20 pessoas morreram também ao ingerirem alimentos envenenados oferecidos perto da mesquita, segundo fonte do hospital Jarmuk.
De acordo com noticiários televisivos, cerca de um milhão de peregrinos de várias partes do Iraque tinham-se reunido perto da mesquita do Imã Musa al-Kazem para assinalar o aniversário da morte daquele líder religioso.
Entretanto o primeiro-ministro iraquiano, Ibrahim Jaafari, já decretou esta quarta-feira três dias de luto nacional pelas mortes resultantes de um movimento de pânico a norte de Bagdad, segundo um comunicado oficial lido na televisão estatal.
«Apresentamos as nossas condolências aos peregrinos que morreram mártires no dia do aniversário do imã Mussa al-Kazim», disse o primeiro-ministro no comunicado.